Com mais de 150 mil pessoas que passaram pelo Autódromo José Carlos Pace de sexta a domingo, o GP do Brasil de Fórmula 1 teve a vitória de Lewis Hamilton, que tirou de Max Verstappen o gostinho de subir no lugar mais alto do pódio e, o que foi melhor ainda, conseguir triunfar na casa de seu eterno ídolo, Ayrton Senna.
Com a vitória, o pentacampeão antecipado deu também o pentacampeonato de construtores à Mercedes antes da etapa final, em Abu Dhabi, no dia 25. É a 72ª vitória do piloto britânico em toda a sua carreira, e a décima somente este ano.
Quem ficou com a terceira colocação foi Kimi Raikkonen. O finlandês, que disputou seu último GP do Brasil de Fórmula 1 como piloto da Ferrari – ele acertou seu retorno à Sauber para o ano que vem -, largou em quarto e fez uma corrida bastante sólida, garantindo ao menos um lugar ao pódio para a escudeira italiana, que acabou perdendo o campeonato de construtores para a Mercedes.
Sebastian Vettel, que largou na segunda colocação, terminou em sexto, enquanto o espanhol Fernando Alonso, que se despediu do GP do Brasil de Fórmula 1 neste domingo, cruzou a linha de chegada em penúltimo, à frente apenas de Lance Stroll, da Williams.
Quinto na classificação final, Valtteri Bottas, da Mercedes, bateu o recorde oficial de Interlagos, com 1m10s540, a cinco voltas do final da prova. O detentor da marca era Max Verstappen, da Red Bull, com 1m11s094, obtida no ano passado.
A chuva, que dificultaria a quebra, acabou não vindo. Com isso, Hamilton contou novamente com sorte para ganhar a prova. Na 45ª volta, Verstappen, que liderava a corrida, tentou ultrapassar o retardatário Esteban Ocon, da Force India, que acabou provocando um toque entre os carros e uma derrapagem. O holandês caiu para o segundo lugar e Ocon foi penalizado com parada de dez segundos nos boxes.
Verstappen ficou a pouco menos de cinco segundos de Hamilton, que teve problemas com o carro por causa de erros na estratégia do uso de pneus. No fim da corrida, a diferença entre os dois pilotos caiu para dois segundos, mas o holandês, que também teve problemas no assoalho do carro após o contato com Ocon, não conseguiu superar o britânico.
O incidente entre Verstappen e Ocon acabou se tornando o assunto do dia. Após a corrida, os dois discutiram nos boxes. Um vídeo publicado no Twitter mostra o holandês empurrando o francês, após trocarem algumas palavras em clima tenso, Ambos foram chamados pelos comissários para se reportar à direção da prova, mas só o piloto da Red Bull foi punido com dois dias de serviços sociais na sede da FIA, dentro de seis meses.
Na entrevista com os três primeiros colocados após a prova, o holandês disse que a corrida foi boa e elogiou a equipe da Red Bull por lhe proporcionar uma “ótima estratégia”. Mas não escondeu sua irritação ao ser questionado sobre a punição para Ocon durante a prova e também sobre o que dirá para o piloto francês quando o encontrá-lo novamente:
– Embora tenha sido pouco, a penalidade de dez segundos nos boxes para ele era o mínimo que os comissários tinham de fazer. A penalidade para mim, infelizmente, foi que perdi a oportunidade de ganhar a corrida – disse o holandês.