O agente penitenciário Cláudio Pereira da Silva, de 35 anos, enfrentou o júri popular no Fórum de Araras nessa segunda-feira (12), após mais de três anos do acidente que matou o casal de Rio Claro, Fernando Hebling, de 27 anos, e Laila Hebling, de 29, que estava grávida de quatro meses.
O autor foi preso três meses após o acidente. O julgamento durou o dia todo com a sentença do condenado a dez anos e seis meses de reclusão. Depois, mais seis meses no aberto pelo crime de trânsito.
O acusado foi julgado pelos seguintes crimes: dois homicídios dolosos (quando há intenção de matar) com agravante para um deles, já que a vítima estava grávida; por duas lesões corporais dolosas; e pelo crime de dirigir embriagado.
Lenita Hebling, mãe de Fernando, à reportagem do Centenário, declarou que ficou feliz com a sentença e que possa servir de exemplo. “Foi condenado por unanimidade a dez anos e seis meses de reclusão”, falou, ainda sob forte emoção.
Lenita também acrescentou dizendo tratar-se de uma vitória para que haja uma conscientização com relação às consequências de se dirigir sob efeito de álcool, não se restringindo à multa.
ACIDENTE
O acidente aconteceu em março de 2015, na Rodovia Wilson Finardi, que liga Rio Claro a Araras.
O réu, ao fazer uma ultrapassagem, bateu em dois veículos. Em um deles estava o casal Fernando Hebling, de 27 anos, e Laila Hebling, de 29, à época, grávida de quatro meses.
O acusado fez o teste do bafômetro e comprovou embriaguez ao volante com 0,72 mg de álcool por litro de ar.
O boletim de ocorrência chegou a ser registrado como lesão corporal culposa, que é quando não há intenção de matar.
Antes de completar um mês do acidente, o condutor foi indiciado por homicídio culposo.