Meu caro leitor, bom dia! Espero que já tenha tomado o seu bom e indispensável cafezinho. Ao chegar à redação, esta manhã, bem cedo, deparei-me com o pessoal entrando e saindo do Data Vênia, em busca do precioso líquido preto e quentinho, saindo fumaça, que, de minha parte, encontro na bem montada copa deste prédio exuberante: o jornal. Após tantos elogios, chefia, será que sai um aumento?
Muito bem, vamos ao trabalho. O assunto, devo dizer, não me agrada, mas, a gente segue, até onde não se sabe, essa vã e árdua batalha de tentar despertar algumas mentes preguiçosas deste país, que, por sinal, atingem a significativa marca de, incontáveis. Que desgraça!
Vivesse hoje, Paulo Francis meteria uma bala na cabeça de desgosto, ou se retiraria para algo como a casa no campo, de modo a escrever suas peças teatrais, que, em vida, jamais passaram de projetos encalhados. Argumento para escrever dramas e tragédias, ele teria de sobra.
Já ouviste dizer, caro leitor, que o Brasil não é para amadores. É frase que se tornou lugar-comum de tão batida e repetida. Para amadores, definitivamente, não. E para profissionais, somente os do crime, e bem organizado.
Não há o devido entendimento da parte da maioria das pessoas, quanto ao que de fato acontece. A mais nova infâmia, a estarrecer as almas sensatas deste país, foi a demissão do escritor e jornalista Thiago Pavinatto de uma importante empresa jornalística. O motivo, recusar-se, e, com toda a razão, a retratar-se ao vivo para um desembargador, que se sentiu terrivelmente ofendido com o comentário de Pavinatto. Liberdade de expressão, meu camarada, já era!
Diferentemente de alguns magistrados, os políticos, em sua maioria, aceitam as críticas na boa, pelo menos nas aparências, mesmo que aguardem o momento oportuno para o revide. Magistrados costumam ser mais céleres no seu projeto de vingança.
O leitor está cansado de ouvir: este país não tem jeito. E de fato, não tem mesmo. Rendam-se. E preparem o coraçãozinho desprotegido e a mente volúvel que estamos só no primeiro ato da tragédia.
Acontece que o Brasil, ou, a elite oculta que o domina e o representa e que decide pela maioria distraída e descomprometida, optou, ano passado, pelo esquema globalista Rússia/China, dando bananas aos outros dois. Mais sobre isso, estudem.
Desnecessário dizê-lo que, toda escolha tem suas consequências. Mas, a fatura alta dessa escolha será paga, como sempre, pela maioria, também conhecida como povo, porque a elite oculta e dominante, jamais é atingida em seus interesses, sempre muito bem protegidos e preservados. É célebre, para os que estudam, e se recusam a fazer de seus ouvidos, pinico, a frase do barão de Rotschild, em que ele afirma: “Permitam que eu emita e controle o dinheiro e já não me importará quem governe”. Mais claro, impossível.
De tempos para cá, essa elite aqui mencionada, aliou-se sem nenhum, constrangimento ou pudor à escória deste país, formando uma organização criminosa de poder desmedido, incalculável e irrefreável, até segunda ordem, ao qual todos se submetem.
Ela detém o controle de tudo e, agora, inclusive, daquele segmento vital da sociedade que atua como fiel da balança, em seu mais alto nível. Não há o que fazer quando as leis são distorcidas e reinterpretadas conforme o interesse, para favorecerem os que transgridam as leis e delas se beneficiam.
O nome dessa sórdida inversão de valores chama-se ditadura disfarçada de democracia e sua mais perversa filha, a tirania. Antonio Gramsci deve estar rindo de orelha a orelha, porque seu método de revolução, nunca foi tão bem empregado como no Brasil
Meu caro leitor, deixe-me dizer-lhe: Quando o dono morde o cachorro e não o contrário, é porque realmente o mundo enlouqueceu e estamos todos perdidos. Salve-se quem puder. E não demore.
O enfrentamento, e ninguém está disposto a isso, levaria o país a uma guerra civil sem precedentes, e de consequências devastadoras, comprometendo a atual e as futuras gerações. Sangue de inocentes derramado, destruição. E não é isso o que se quer.
Como sempre, e, como em qualquer circunstância, os mais fortes sobrevivem. E recomeçam a trajetória, após instalada de maneira definitiva, a nova ordem. É o que vai acontecer no Brasil, porque é o que sempre acontece em qualquer parte do mundo.
E os fracos? Bem, a esses, muito conformados e resignados, satisfeitos, como sempre, com o pão e o circo, restará o reino dos céus.
Sim, chegamos a isso. Porque o patriotismo do cidadão brasileiro resiste somente até a primeira dificuldade ou decepção. Chegamos a isso, porque nos falta um projeto de nação, voltado à prosperidade da maioria, aquilo que os realmente iluminados entendem como o bem comum. Chegamos a isso, porque, enquanto cidadãos, sempre transferimos a outros, o poder que nos pertence e, sentados, muito confortável e pacientemente, esperamos que os outros, sempre os outros, suem e sangrem e resolvam por nós os nossos problemas.
Somos um catado de gente, vinda de toda parte do mundo. Cada facção, olhando para o seu próprio umbigo, e desbravando os seus próprios caminhos à sua maneira.
Não somos unidos. Porque não nos reconhecemos como membros de uma mesma família, e, portanto, irmãos. Chore a mãe do vizinho, dizia um amigo do futebol, no vestiário, sempre antes dos jogos. Chore a mãe do vizinho, a minha não. Esse é o pensamento egoísta recorrente entre nós, brasileiros.
É assim. E talvez, dia virá, em que novas gerações, ocupem dignamente, o espaço que hoje manchamos com nossa omissão e covardia. E façam deste país, um país realmente amado pelos seus. Uma pátria, que nunca fomos, pátria amada, Brasil!
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução