Entre as datas alusivas do mês de agosto está o Agosto Verde, referente ao combate à leishmaniose, doença que atinge cães e seres humanos. Ela é a segunda enfermidade que mais mata humanos no mundo, depois da malária, e negligenciada pela saúde pública.
A leishmaniose visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.
A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da leishmaniose visceral.
O diagnóstico da doença pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas. É fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Uma vez diagnosticada, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de evitar agravo e complicações da Leishmaniose Visceral, que se não for tratada adequadamente, pode ser fatal.
O mosquito se reproduz em restos orgânicos e adora umidade. Sabe aquela mosquinha do ralo que aparece quando há umidade? Então, ele é parente dela, só que se chama flebotomíneo, é minúsculo, com três milímetros e quase imperceptível. Sua picada é indolor e os sintomas da doença aparecem após seis meses a um ano, causando um estrago considerável.
Anemia profunda, desânimo, feridas na pele são alguns dos sinais dessa doença silenciosa. Muitos humanos vão a óbito quando acometidos. Os cães são as maiores vítimas do mundo pet e neles os principais sinais indicativos são apatia, falta de apetite, unhas crescendo em excesso, extremidade das patas, pernas e focinho escamando, olhos com secreção e barriga inchada. Em caso de suspeita, o tutor deve procurar o veterinário e fazer o exame.
A campanha “Diga Não à Leishmaniose” iniciou um trabalho de conscientização e prevenção da doença em 2005 e, desde então, faz uma divulgação incessante sobre o tema, para que as pessoas tomem os devidos cuidados e se previnam. Saiba mais em http://diganaoaleishmaniose.com.br/.
Foto: Divulgação