Um aumento alarmante. Entre janeiro e 21 de agosto, o Departamento de Investigação sobre Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo aprendeu mais de 57 kg das ‘Drogas K’, popularmente conhecida como maconha sintética, K2, K4, K9 ou Spice. O número já é cinco vezes maior do total apreendido em 2022 pelo Denarc. No ano passado, o departamento apreendeu 11,6 kg.
O delegado divisionário do Denarc, Carlos Castiglioni explica que o aumento das apreensões foi em razão de uma mudança no foco das investigações na gestão de Tarcísio de Freitas. A polícia direcionou as investigações e focou nas centrais de abastecimentos, conhecidas como “Casas Bombas”. Os locais servem como depósitos clandestinos de diferentes tipos de drogas.
Alerta de saúde pública
Nos cinco primeiros meses de 2023, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp registrou uma explosão de atendimentos do número de pacientes que utilizaram drogas K – um grupo de substâncias sintéticas produzidas em laboratório com um efeito centenas de vezes mais potentes que o THC, encontrado na maconha.
“A droga K não tem nada a ver com maconha. Apesar dos efeitos serem semelhantes, as substâncias presentes na droga K não existem na maconha e vice-versa”, explica José Luiz da Costa, coordenador executivo do CIATox da Unicamp.
Em entrevista concedida ao programa Direto na Fonte, da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) da Unicamp, José Luiz esclarece sobre a origem, como a droga age dentro organismo, os riscos para a saúde e formas de prevenção.
“Essa droga sintética causa uma intoxicação muito mais intensa, com predomínio de taquicardia, convulsões e alucinações. Geralmente, a morte acontece por problemas cardiovasculares”, alerta. Com informações do governo do Estado e da Unicamp.
Foto: Polícia Civil SP