Neste domingo, Dia dos Pais, o Diário do Rio Claro resolveu voltar ao básico. Entrevistar um personagem teoricamente ‘comum’, um pai – obviamente, às voltas com o desafio da… paternidade. No mundo em que vivemos, da forma como ele se apresenta atualmente.
Nosso personagem é Antonio Amuy, de 42 anos, pai e uma menina de 9 meses, Isabela, uma filha que, segundo ele, foi fruto de planejamento.
Questionado sobre se vê desafios e problemas por ter a responsabilidade de criar a filha num mundo mais violento, com maior intensidade de apelos de consumo material, bem como com extrema velocidade de circulação de informações e de exposição graças às tecnologias digitais, Antonio demonstra tranquilidade.
“Só vejo pontos positivos, exceto pela violência gerada neste momento no país. (Sobre as novas tecnologias), ela (Isabela) já nasceu inserida nesse ecossistema e, para ela, não será desafiante como parece ser para a gente”, opina ele.
O receio de Antonio, na verdade é em relação aos adultos, mesmo. “Acredito que o que mais preocupa é como nós, pais, vamos reagindo a essas mudanças, do que propriamente ter receio quanto a ela”, diz.
Antonio afirma que se sente otimista, na verdade, pelo fato de as novas tecnologias permitirem um contato mais próximo com os filhos, mesmo quando estão longe, para estudar, por exemplo. “O que mais me anima é a possibilidade de vê-la em tempo real, pelo menos virtualmente. Na minha época, quando mus pais decidiram enviar filhos para um intercâmbio para o exterior por um ano, a ‘conexão’ era interrompida pela dificuldade de comunicação. Exceto por uma carta, que só seria recebida meses depois. E olhe que nem estou falando de tanto tempo atrás”, pondera.
Ele garante que deseja exercer uma paternidade próxima da filha. “Quero ser um pai amigo, e prover para ela o máximo de bons estímulos na vida, culturalmente falando, para incentivar a criatividade e o pensamento crítico”, explica.
Questionado sobre o que diria para outros pais de crianças pequenas, que têm o mesmo desafio que ele, ou seja, exercer a paternidade contemporânea, ele dá um ‘conselho’ simples, mas, impactante, e que nem sempre é observado por outros pais. “Não se deve projetar seus sonhos nos seus filhos, para não gerar frustrações futuras. Devemos entregar amor ao máximo, sem esperar nada em troca”.
Foto: Acervo pessoal