Salve, nessa quarta-feira meus Geekers!
Saudades de todos, e como sempre, procurando trazer algo a mais sobre o Universo GEEK POP.
Hoje vamos falar sobre o fenômeno cultural (ou nem tanto), que está dividindo muitas opiniões, e polemizando por aí.
“Do Universo Pink à Explosão Nerd: BARBIE e OPENHEIMER Agitam o Movimento BARBENHEIMER!”
Quem diria que bonecas fashionistas e físicos nucleares poderiam colidir e criar uma explosão de tendências no mundo geek? É exatamente isso que está acontecendo com a intrigante junção de “Barbie e Openheimer”, dois mundos aparentemente distantes que se fundem de forma surpreendente e dão vida ao movimento “Barbenheimer”.
Quem ainda não assistiu nenhum dos dois, pode ir “correndinho” assistir os dois. Valem a pena para refletir, pensar, analisar e montar a sua opinião. São 2 filmes totalmente diferentes, mas ambos polêmicos (ou intrigantes).
“Barbie” de Greta Gerwig, baseado na história da icônica boneca da Mattel, vem com uma proposta diferente do que muitos podem pensar ao imaginar um filme da boneca no cinema.
Iniciando o rebuliço, a icônica “Barbie” deixou de ser apenas um ícone fashion para se tornar uma protagonista inesperada do universo geek. Com sua entrada triunfante no cinema, a boneca mais famosa do mundo está mais ousada do que nunca, protagonizando histórias que vão além das passarelas. Através do filme cheio de aventura, a Barbie se reinventa como uma heroína moderna, inspirando uma nova geração a desafiar estereótipos e abraçar a diversidade.
Momentos que são costurados pela magia do cinema, onde a boneca (interpretada por Margot Robbie – Aves de Rapina, O Lobo de Wall Street) transita pela “Barbielandia” e o mundo real, aonde chega, após ser expulsa em uma crise existencial. “Ken” vem “na cola” (interpretado por Ryan Gosling – Blade Runner 2049) e ambos têm que lutar com as dificuldades dela de não ser mais uma boneca perfeita, que vive num mundo perfeito, todo cor de rosa.
Após assistirem o filme, com certeza já existem agora, várias vertentes e comentários e suposições, até teorias, sobre o enredo da comédia/ficção/aventura. De um lado a horda de pessoas todas “rosas”, que invadiram os cinemas de todo o mundo, com talvez, esse desejo enrustido de um dia fazer um “Cosplay” (assunto para a próxima coluna) misturado com “personal marketing”, de outro, os mais radicais que se opõem ao filme por não ser exatamente nos mesmos moldes das animações de Barbie, para crianças. (com certeza não é um filme para crianças).
Em tempo, “tudo e todos” estão “surfando” na “pink wave” de Barbie. Tirando proveito desse momento para faturar mais e mais. Desde sorvetes, até mesmo carros e casas personalizadas. Incrível!
Histórias a parte, “Barbie” já “bateu” na casa do US$ 1 bilhão, mundialmente, em apenas algumas semanas de exibição.
“OPENHEIMER – O nome que ninguém conhecia, ou pelo menos não lembrava.
Está comum a confusão entre “Von Braun” e “Openheimer”, onde a pergunta sempre vem: “-Não foi o Von Braun que inventou a bomba atômica?”
R: Não. Na verdade, Wernher von Braun, foi um engenheiro, alemão, cientista e inventor, que desenvolveu o sistema de propulsão de motores com combustíveis líquidos, que culminou no famoso míssil V-2, que fez fama por ser o primeiro que foi lançado em uma guerra, por ar e com sistema próprio de propulsão. Foi lançado em massa pela primeira vez sobre Londres, Paris e Antuérpia (pela Alemanha nazista de Hitler), mas tinham mais efeito “psicológico” do que poder de destruição. Enfim, resumindo, “Von Braun” foi o pai do programa espacial dos Estados Unidos (após rendição no final da segunda guerra mundial), projetando foguetes que levariam o homem pela primeira vez a Lua. (leiam sobre ele, é muito interessante todo o contexto histórico envolvido)
Mas, não estamos aqui para falar sobre “Von Braun” e sim sobre“OPENHEIMER”, esse sim o “pai da bomba atômica”. (interpretado no filme por Cillian Murphy – Peaky Blinders, Batman Begins, O preço do amanhã)
Esse “cidadão”, americano da Califórnia, cientista, foi literalmente o pai da famosa e odiada “Little Boy”, bomba atômica que dizimou praticamente Hiroshima e Nagazaki no Japão, durante a segunda grande guerra mundial.
Anos antes disso acontecer, “Einstein” (sim o pai da física), enviou carta endereçada ao então presidente dos USA, Franklin D. Roosevelt, alertando a “White House”, sobre o perigo da Alemanha desenvolver uma bomba atômica, pois estavam em “estado avançado” nas pesquisas e descobertas sobre a “fissão do urânio” ou “fissão nuclear”. (esse assunto dá um “nó” nos nêutrons…oops…nos neurônios. Vai lá pesquisar, é “mucho lôco”)
A partir daí, mais do que “depressa”, iniciaram o ultrassecreto “Projeto Manhattan”, onde Openheimer foi encabeçado como principal cientista, em campo.
No dia 16 de julho de 1945, aconteceu a primeira “detonação” de uma bomba atômica, denominada “Operação Trinity”, no deserto do novo México. Até Openheimer duvidava do poder de destruição da sua “cria”, mas após “evidências reais”, ele mesmo soltou a famosa frase: “Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos”(som de trovão de fundo)
De fictício no filme, muito pouca coisa. Talvez somente a licença poética do diretor (Christopher Nolan) ao “inventar” os encontros de Einstein e Openheimer, pois todo o filme é baseado no livro “American Prometheus”, uma biografia de J. Robert Oppenheimer escrita por Kai Bird e Martin J. Sherwin.
Para terminar essa “retórica” sobre “a bomba”: no dia 06 de agosto de 1945 (que ficará para sempre marcado na história da humanidade), foi lançada sobre Hiroshima a “Little boy”, que explodiu no ar, por volta das 8:00 h da manhã, gerando uma bola de fogo (onde o centro chegou a 1 milhão de graus Celsius), que dizimou instantaneamente mais de 100 mil pessoas, com um rastro de destruição (dizimação) de mais de 20 quilometros quadrados. Três dias depois, foi a vez da cidade de Nagasaki.
BARBENHEIMER – piada de mau gosto?
Os filmes em questão já chegaram às “telonas” com selo de “blockbusters”. Produções milionárias e tecnologia “de primeira” (Openheimer foi inteiramente filmado em IMax), ambos tiveram estreia no mesmo dia, 21 de julho nos USA. Dois filmes de dois grandes estúdios (Openheimer – Universal e Barbie – Warner Bros), com dois grandes diretores e grandes estrelas de Hollywood, desencadearam uma frenética onda “BARBENHEIMER” pelo mundo todo.
A conexão aparentemente estranha entre a glamourosa “Barbie” e o complexo mundo de Oppenheimer gerou esse movimento que surgiu da interseção entre a força feminina “empoderada” de Barbie e a busca pelo conhecimento e desafio intelectual de Openheimer. Jovens de todas as partes estão adotando essa fusão, celebrando a ideia de que não existem fronteiras quando se trata de interesses e paixões. A influência do movimento Barbenheimer vai além dos filmes. Eventos de cosplay unem trajes inspirados na Barbie e na era de Oppenheimer, criando visuais únicos que mesclam glamour com inteligência. Clubes de discussão online debatem desde a moda da Barbie até a ética da ciência, provando que os limites entre o “rosa” e o “intelectual” podem ser facilmente quebrados.
Mas nem tudo “são flores”. Memes, postagens, designs em IA, e imagens tipo “pôster” de Openheimer segurando a Barbie no colo com uma bomba atômica explodindo ao fundo e o título: “Vai ser um verão inesquecível”, geraram extremo “mal estar”.
A “conta oficial” do estúdio da Barbie, aprovou e estimulou a viralização desses “posts”, o que gerou revolta por usuários japoneses que lançaram a hashtag #NoBarbenheimer, que se tornou “trending topic” na plataforma “X” (antiga Twitter).
Finalmente, a Warner Bros Japão, emitiu um pedido de desculpas, informando que o movimento “Barbenheimer”, não é uma campanha oficial, e solicitou à Warner Bros USA, que tomasse as “devidas providências”.
Após “desculpas” de ambos, o mal estar ainda ficou “reverberando” pelas mídias sociais, onde culminou “por enquanto” pela “não definição” de data de lançamento de “Openheimer” no Japão.
Resumindo: “Pepper in someone else’s eye is refreshment” (“Pimenta no “zóio” dos outros é refresco”). RESPEITO é bom em todos os sentidos!
Gostaram!
Qual sua opinião sobre esse assunto?
Comentários, dicas e qualquer coisa que queira falar, mande para geekpopfest@gmail.com
Fontes: Sites aventurasnahistoria.uol.com.br, cnnbrasil.com.br, japantimes.co.jp, wikipedia.org
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Por: Celso Marcondes Filho / Fotos: Divulgação