O município de Rio Claro realizou nesta terça-feira (27) audiência pública para discutir possíveis cursos para serem implantados na unidade local do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. O evento foi realizado na Câmara Municipal com participação do prefeito Gustavo Perissinotto, do pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFSP, Adalton Osaki, dos vereadores Julinho Lopes e Vagner Baungartner, e Eduardo Modena, diretor geral do de implantação do câmpus do instituto em Rio Claro, secretários municipais e representantes de diversos segmentos.
A audiência foi aberta pelo vereador Julinho Lopes. “Venho trabalhando para a implantação do IFSP em Rio Claro, e a expectativa é enorme. Faz 10 anos que o instituto está parado e, com esse novo governo, temos que ter essa instituição em nossa cidade trazendo mais cursos e capacitando cada vez mais o jovem para o mercado de trabalho”, comentou o vereador.
“É uma satisfação participar dessa primeira audiência pública para que, definitivamente, depois de tanto tempo sonhado, Rio Claro tenha o Instituto Federal e os cursos ofertados pela instituição”, comentou Gustavo. Conforme ele, é necessário preparar Rio Claro para o futuro. “Sinto que Rio Claro terá vocação futura será na trilha tecnológica e uma das alavancas necessárias para isso é a formação de pessoas”, observou.
O prefeito ressaltou que o município tem hoje mais de R$ 2,3 bilhões de investimentos feitos por empresas com geração de mais de sete mil empregos diretos e indiretos. “O grande desafio é conectar o trabalhador com as vagas ofertadas e esse desafio será vencido com a qualificação profissional oferecida pelo instituto”.
O pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IFSP, Adalton Osaki, explicou que o instituto tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) e, nos últimos cinco anos, houve muitos avanços após a criação da agência de inovação. “Hoje temos acordos com diversas empresas para ajudá-las a inovarem. O instituto pode contribuir muito e ser um parceiro no desenvolvimento tecnológico de Rio Claro”, afirmou.
A explanação foi feita pelo diretor Eduardo Modena que traçou um panorama da estrutura do IFSP. Ele frisou que ofertar educação profissional e tecnológica que dialogue com o setor produtivo está na lei de criação do IFSP e deve ser cumprida. Modena frisou ainda que o IFSP vem para complementar e não para competir com as universidades e escolas já instaladas, ou seja, a unidade não irá oferecer cursos já disponíveis no município. O Instituto Federal oferece mais de 600 cursos em 37 unidades.
Ainda não há data para implantação do Instituto Federal em Rio Claro. Modena informou que o prédio (antigo hexágono da Unesp no Santana) precisa de reforma e é necessário fazer concurso público para contratação dos professores e profissionais e isso demanda recursos que não foram previstos no orçamento deste ano. A expectativa é que a reserva financeira seja feita no orçamento de 2024. Por enquanto, o IFSP vai ampliar os cursos remotos já oferecidos no município no segundo semestre deste ano.
A discussão dos eixos e indicações dos cursos deverá ocorrer na próxima audiência pública que está pré-agendada para o dia 25 de julho. A comunidade já está convidada a participar.
“Venho trabalhando para a implantação do IFSP em Rio Claro, e a expectativa é enorme. Faz 10 anos que o instituto está parado e, com esse novo governo, temos que ter essa instituição em nossa cidade trazendo mais cursos e capacitando cada vez mais o jovem para o mercado de trabalho”, comento Julinho Lopes.
Por Ednéia Silva / Foto: Emerson Augusto/Câmara Municipal