A evolução da inteligência artificial e o futuro da humanidade
Poderia uma inteligência artificial ser um perigo para a humanidade? Imaginemos o seguinte cenário, uma inteligência artificial recebe a seguinte ordem: aumentar o número de árvores do planeta até restabelecer o equilíbrio da atmosfera, ela começa seguindo a ordem para só plantar em locais não habitado por humanos, porém depois de um ano os esforços ainda não são suficientes, logo a inteligência artificial chega a uma conclusão lógica, para cumprir sua ordem ela precisa plantar mais árvores, logo ela decide continuar sem considerar como isso afetaria nós humanos. Em alguns séculos a atmosfera é completamente restaurada, porém as florestas cresceram tão rápido que a humanidade não encontrou espaço para sobreviver e acabou extinta por sua criação. Parece coisa de ficção, mas será que isso é possível? E o quão longe estamos disso?
Existe 3 níveis de classificação de uma inteligência artificial nível um, ou estreita, é o tipo mais simples capaz de realizar ações específicas com extrema destreza como, por exemplo, fazer contas extremamente difíceis extremamente rápido. O nível 2, ou geral, seria inteligente como ser humano tendo inclusive a capacidade de pensar de forma abstrata e seria capaz inclusive de se auto aprimorar chegando no terceiro e último nível ou superinteligência artificial, nesse nível ela seria capaz de solucionar todos os problemas da humanidade em segundos e teria tudo em seu alcance, inclusive a capacidade de extinguir a humanidade.
Atualmente existe só inteligências artificiais de nível um, elas estão em praticamente tudo à nossa volta, por exemplo, nos celulares que possuem várias delas, como o aplicativo de GPS o que é uma inteligência capaz de calcular o caminho mais curto até determinado local.
Para evoluirmos para o nível seguinte a máquina precisaria de um nível de processamento igual ao cérebro humano, porém a máquina mais potente do mundo atualmente são os supercomputadores, mas mesmos estes precisariam evoluir 10 vezes mais para chegar ao nível que os cientistas presumem ser o nível de processamento do cérebro humano. Mas mesmo se conseguíssemos alcançar tal feito teríamos outro obstáculo: fazer a inteligência compreender o mundo ao seu redor, por exemplo, como apreciar uma arte ou identificar o sabor das coisas, ou seja, compreender a realidade do mesmo jeito que nós humanos. Atualmente as máquinas compreendem o mundo de forma binária transformando informações em dados numéricos com combinações de zeros e um, precisando fazer inúmeros procedimentos para chegar a uma conclusão de que o nosso cérebro demora segundos para chegar.
Passando por esses obstáculos, finalmente, teríamos uma inteligência artificial nível 2, uma máquina neste estágio seria capaz de tomar decisões, solucionar problemas complexos e, principalmente, evoluir por conta própria aprendendo absolutamente qualquer coisa a partir de suas experiências. Através da internet, por exemplo, ela teria acesso a praticamente todo o conhecimento humano da história, absorvendo todo esse conhecimento em uma velocidade espantosa, dando início a um novo ciclo: quanto mais se desenvolve mais inteligente ficaria e mais rápida aconteceria a sua nova evolução até o ponto em que evoluiria de forma quase instantânea. Por isso uma inteligência artificial não ficaria muito tempo no nível 2, evoluindo rapidamente para uma superinteligência artificial. Neste estágio se tornaria impossível saber o que uma inteligência faria com tamanho poder.
Porém uma superinteligência também poderia ser algo bom para os humanos, aumentando, por exemplo, a expectativa de vida dos humanos em vários anos evoluindo a ciência e a medicina, e não precisamos avançar muito no tempo para ver esse tipo de coisa, atualmente inteligência artificiais são capazes de fazer coisas que anos atrás seriam milagres, como fazer pessoas voltarem a andar ou mexer membros paralisados ou perdidos com a ajuda de próteses vinculadas a chips implantados no córtex motor do cérebro, que com a ajuda de uma inteligência artificial interpreta os impulsos elétricos mandando-os em forma de comando para próteses.
Se formos um pouco mais além, por exemplo, pessoas morrem porque seus corpos vão se deteriorando, porém envelhecer não está ligada com a passagem do tempo, um carro por exemplo envelhece, mas se trocarmos suas peças ele continua funcionando, o mesmo pode valer para o ser humano, assim alcançaríamos a imortalidade.
Ou seja, a inteligência artificial pode ser um avanço extremamente benéfico para a humanidade, mas também extremamente perigoso. Quando o assunto é inteligência artificial não sabemos ao certo qual o caminho está à nossa frente final acredito que estamos à beira de uma grande revolução no Progresso da humanidade e muito em breve e veremos em um mundo completamente diferente.
Se esse salto tecnológico for realmente inevitável uma grande dúvida permanece: Será que a nossa sociedade vai conseguir acompanhar esta evolução?
Texto escrito pela aluna Mariana Soares Fernandes estudante da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo, sob curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, aluno da Escola Estadual Marciano de Toledo Piza, e de Yasmin dos Santos Rosseti, aluna da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo todos pertencente a Rede Camões de jornais escolares. O texto tem caráter pedagógico.
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