A segurança nas escolas de Rio Claro foi alvo de intenso debate entre os vereadores na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (10). Os parlamentares destacaram a importância de tomar medidas rápidas e efetivas que possam prevenir e coibir possíveis ataques às unidades de ensino do município.
Os parlamentares sugeriram algumas ações que podem ser tomadas de imediato para aumentar a segurança nas escolas. A vereadora Carol Gomes sugeriu medidas em protocolo que será apresentado ao Executivo. Entre elas, cumprir a lei que prevê serviços de psicologia e social nas instituições de ensino, manter vigias patrimoniais nas unidades, instalar detectores de metal, aumentar muros e instalar concertinas, além de contratar profissionais da reserva das polícias Civil e Militar para atuarem nas escolas. “Não estamos somente cobranças ao Executivo, mas também propondo ações e alternativas”, observou Carol.
O vereador Diego Gonzalez propôs a instalação de detectores de metal nas escolas, a exemplo do que é feito nos bancos. “Nas escolas têm algo de maior valor que dinheiro, que são as crianças, portanto a medida pode e deve ser implementada”, frisou Gonzalez lembrando que os equipamentos não têm custo elevado e contingenciamento de receita pode ser feito para sua aquisição.
“Acho que há necessidade de fazer algo direto e assertivo em relação a isso”, comentou Serginho Carnevale informando que outros municípios estão reforçando a segurança nas escolas com guardas e policiais inativos. “A preocupação é grande e é muito importante ter atitude e ações rápidas porque não dá para esperar a tragédia acontecer”, acrescentou Irander Augusto.
Para Julinho Lopes, o número de vigilantes patrimoniais do município (70) é insuficiente para atender todas as escolas, precisa haver contratação. Ele salientou ainda que os alunos das escolas municipais têm menos de dez anos, portanto o risco são as pessoas que entram nas escolas.
“Nesse momento de emergência, é necessário pôr detector, vigia, muro, concertina, botão do pânico, tudo que for possível para aumentar a segurança dos alunos”, pontuou Paulo Guedes. Para Val Demarchi, a prefeitura tem tomado medidas que não estão alinhadas entre educação e segurança porque cada secretaria “puxa para o seu lado”.
Geraldo Voluntário destacou a sensatez dos vereadores em buscar soluções para o problema criando projetos que possam dar sustentação às medidas adotadas. Ele sugeriu a instalação de catracas nas escolas a exemplo do que está sendo feito pela prefeitura de Chapecó, que já instalou o equipamento em cinco unidades.
O vereador Alessandro Almeida disse que as medidas anunciadas precisam ser cumpridas. Segundo ele, conforme relatos de pais e professores, ontem não havia vigilantes patrimoniais nas escolas conforme anunciado pela prefeitura.
Moisés Marques sugeriu parcerias com entidades do terceiro setor para ampliar a segurança nas escolas. De acordo com ele, é urgente colocar agentes de segurança nas escolas que tenham treinamento e estrutura material para atender a comunidade escolar.
Marques é autor de dois projetos de lei sobre o assunto que tramitam na Câmara. Um deles dispõe sobre a criação do Programa de Protocolo Antiterrorismo nas escolas de Rio Claro. Outro dispõe sobre a criação do Programa Ronda Escolar no município. Diante da urgência do tema, a Câmara anunciou sessão extraordinária para esta quarta-feira (12), às 18 horas, para votar as propostas.
Por Ednéia Silva / Foto: Divulgação/Prefeitura de Chapecó