Sentra retorna para recuperar terreno
O segmento de sedãs médios já foi um dos mais prestigiados no Brasil. Hoje, dominado pelo Corolla, e sob a sombra dos SUVs, a Nissan quer mostrar que o seu Sentra evoluiu. Não só em design, mas está mais esportivo e arrojado, além de recheado de conteúdos. Desde 2020, a Nissan não trazia seu sedã.
Sem Civic no páreo, que voltou híbrido, importado e bem mais caro, a 8ª geração do modelo, importada do México, chega em duas versões: Advance, por R$ 148.490, e Exclusive, a R$ 171.590. Se vender o que a marca espera, até 600 unidades por mês, ultrapassa o Chevrolet Cruze. Mas ainda longe do líder. Para se ter ideia, a Toyota vendeu, em média, 3.500 unidades do Corolla por mês no ano passado.
Já a partir da Advance, o Sentra oferece câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detector de fadiga. Na Exclusive, traz piloto automático adaptativo (ACC), alerta de tráfego cruzado traseiro, assistente ativo de manutenção na faixa, farol alto automático, sensor de ponto cego e câmera 360 graus.
O motor é o mesmo do modelo anterior, a gasolina, 2.0 de 151 cv e câmbio CVT. O consumo pelo Inmetro é de 11 e 13,9 km/l (cidade e estrada), mas em avaliação, tiramos média acima de 15 km/l.
Caoa Hyundai apresenta 5 próximos lançamentos
Sob nova direção e após um período sem lançamentos, a Caoa Hyundai anunciou a chegada de 5 novidades da marca sul-coreana às suas lojas.
Um dos primeiros a chegar é o Hyundai Ionic HEV, que já operava no Brasil pela Caoa Locadora. O sedã fastback traz motor 1.6 a gasolina que trabalha em conjunto com outro elétrico e juntos rendem 141 cv de potência. Destaca-se pelo consumo: o híbrido faz, segundo o Inmetro, 18,9 km/l na cidade e 18,8 km/l na estrada.
Também para este mês, a Caoa inicia a pré-venda do Tucson, produzido em Anápolis (GO). O SUV recebeu facelift com novos faróis, lanternas, para-choques e rodas de 18”. Por dentro, traz novo painel de instrumentos com multimídia de 9”. Sob o capô, o motor 1.6 turbo foi adequado às novas normas de emissões, e faz, segundo o Inmetro, 10,6 e 12,2 km/l (cidade e estrada). A marca não divulgou demais dados técnicos.
Também faz estreia o caminhãozinho HR que tem como principal novidade a tração nas quatro rodas. Produzido em Anápolis, o HR 4WD, que pode ser dirigido com CNH categoria B, traz motor 2.5 turbodiesel com câmbio manual de 6 marchas e capacidade de carga de 1.789 kg.
A Caoa Hyundai ainda promete importar o Kona, em duas versões. A opção híbrida, com estreia em julho, traz motor 1.6 que trabalha em conjunto com outro elétrico e produz 141 cv de potência combinada e câmbio de dupla embreagem com 6 marchas. De acordo com a marca, o SUV consome 19,6 km/l na cidade e 17,4 km/l na estrada.
A variante 100% elétrica do Kona chega em agosto, com motor de 136 cv e torque de 40,3 kgfm e alimentado por baterias com capacidade de 39,2 kWh, que lhe garantem 252 km de autonomia (Inmetro).
Desde o final de 2022, o grupo é comandado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, que também está à frente da Caoa Chery e Subaru. Em fase de reestruturação, a Caoa Hyundai conta com 33 pontos de venda e 128 oficinas de serviços.
Paralisações acendem o sinal amarelo
Por falta de componentes e, principalmente, crise de demanda, quatro montadoras paralisaram suas fábricas nos últimos dias e colocaram funcionários em férias coletivas. Segundo o portal Automotive Business, GM, Renault, Stellantis e Hyundai desligaram suas linhas de montagem.
Na Hyundai são 14 dias parada. A produção na Jeep, em Goiana (PE), está suspensa por 18 dias, mesmo número de dias que a GM, em São José dos Campos (SP) suspendeu atividades. Na mesma região, Taubaté (SP), a Volks, desligou a produção por 10 dias e a Renault, por uma semana, no Paraná.
A escassez de chips se arrasta desde a pandemia, mas depois de muito que o mercado especulou, a próprias fabricantes estão admitindo que os altos juros estão freando as vendas. E não apenas dos novos, os financiamentos de usados também caíram.
Por enquanto são suspensões temporárias. Mas é preciso ficar alerta. No mês passado, a fábrica da Peugeot e Citroën em Porto Real (RJ), extinguiu o segundo turno e 140 vagas foram cortadas.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. E-mail: lucia@viadigital.com.br