Ele está presente em nossas vidas desde o início da nossa vida escolar, às vezes antes disso. Com muito amor e dedicação, nos ensinou a cuidar dos livros e auxiliou em nossas pesquisas e descoberta de conhecimento. No domingo, dia 12 de março, é comemorado o Dia do Bibliotecário, cuja importância vai muito além de organizar livros e manter uma biblioteca em ordem.
O bibliotecário não é apenas aquele profissional que você procurar para pedir um livro. Sua atuação é ampla e pode encontrar campo de atuação em bibliotecas, museus, centros de informação ou documentação, editoras etc. Todo espaço que tenha acervos de livros e documentos para gerir, organizar, catalogar e classificar.
São milhares de profissionais de biblioteconomia espalhados pelo país. Segundo o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), o Brasil tem mais de cinco mil bibliotecas públicas municipais, distritais, estaduais e federais distribuídas entre os 26 estados federativos mais o Distrito Federal.
O município possui a biblioteca da Câmara Municipal e quatro bibliotecas públicas municiais: o gabinete de Leitura na Avenida 4 no Centro, a biblioteca do Centro Cultural e as unidades do Cervezão do CEU Mãe Preta. No momento, o sistema público municipal está sem bibliotecário. Porém, na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro, a biblioteca possui bibliotecários e outros profissionais na equipe, como informa Josimeire Moura da Silva. Ao Diário, ela falou sobre a escolha e os desafios da profissão.
“É uma área onde agregamos valores, temos a oportunidade de contribuir e incentivar o estudo, a pesquisa e o conhecimento, particularmente tudo isso é muito fascinante. Apesar de não ser valorizada, é uma profissão que não está engessada em sua atuação, não se trabalha só em bibliotecas, logo ‘o céu o limite’”, comenta Josiane que disse ter escolhido essa profissão porque é uma honra fazer parte da história de vida das pessoas de uma forma positiva. “Reconheci todo esse contexto quando trabalhei como auxiliar de limpeza em uma biblioteca e ‘vi’ o quanto essa profissão é ‘poderosa’”, explica.
Para ela, o mais gratificante na profissão de bibliotecário é constatar a realização, seja pessoal ou profissional, através do estudo e dos livros. Mesmo hoje, quando as redes sociais mudaram os hábitos de consumo da informação, a profissão ainda resiste porque os profissionais aprenderam a se adaptar e se ressignificar. Afinal, a tecnologia permite que o livro seja levado ao usuário de forma física e também digital. Isso sem contar o surgimento de novos serviços e plataformas virtuais.
“O avanço da tecnologia é muito representativo e significativo em nossa profissão. Hoje temos o mundo em nossas mãos, a enciclopédia Barsa é só para os fortes (risos). Precisamos nos reinventar, ressignificar o espaço físico e ter consciência que o papel não deixará de existir, mas sim utilizado de outra forma”, conclui Josimeire.
Histórico da data
O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março em todo o país. A data, instituída pelo Decreto nº 84.631, de 1980, homenageia Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil.
Nascido em 12 de março de 1882, Manuel Tigre foi aprovado em primeiro lugar no concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Trabalhou por dois anos na Biblioteca Nacional, assumindo, em seguida, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Lá, trabalhou junto ao reitor da instituição, mesmo depois de aposentado.
Engenheiro de formação, trocou a ocupação pela biblioteconomia após conhecer o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Em 1915, aos 33 anos de idade, Manuel Tigre assumiu de vez a nova profissão. (Fonte: MEC)
Por Ednéia Silva / Foto: Divulgação