Os contribuintes brasileiros pagaram mais de R$ 2,8 trilhões em impostos em 2022, 11,5% a mais que em 2021 quando foram pagos R$ 2,6 trilhões. Esse montante refere-se à arrecadação dos governos federal, estadual e municipal e incluem taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Os dados são do painel Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
De acordo com o Impostômetro, a arrecadação federal no estado de São Paulo passou de R$ 1,09 trilhão em 2022 e correspondeu a 37,4% da arrecadação total do país. Por outro lado, os dados da Receita Federal apontam arrecadação de R$ 927,78 bilhões no estado de São Paulo no ano passado, valor computado com as receitas administradas pelo órgão.
Segundo a Receita Federal, esse montante significa um acréscimo nominal de 17,39% e real (IPCA) de 7,43% em relação ao ano de 2021, quando foram arrecadados R$ 790,31 bilhões. Já a arrecadação nacional em 2022 chegou a R$ 2,08 trilhões, registrando acréscimo nominal de 16,40% e real (IPCA) de 6,64% frente ao R$ 1,79 trilhão arrecadado ao longo de 2021.
Na região de Rio Claro a Receita Federal arrecadou R$ 16.199,7 bilhões ao longo do ano passado frente a R$ 14.171,6 bilhões no ano anterior, alta de 14,31%. Esse montante foi amealhado pela delegacia de Piracicaba que engloba 25 municípios, incluindo Rio Claro.
Somente em Rio Claro, a Receita Federal obteve mais de R$ 1,3 bilhão em 2022, segundo informado pela delegacia do órgão em Piracicaba. Ou seja, os rio-clarenses pagaram R$ 1.381.567.905,88 em impostos no ano passado. Esse valor representa um aumento de 11,68% em relação a 2021 quando foram arrecadados R$ 1.237.054.165,91 no município.
Conforme a Receita Federal, “parte do aumento da arrecadação é justificada pela inflação do período, mas houve também acréscimo real (IPCA). A expressão ‘acréscimo real’ significa que este é o crescimento do valor arrecadado, já com a subtração da inflação (calculada pelo IPCA) no período”.
O imposto de renda respondeu pelo maior volume de arrecadação com R$ 723.554.674,36. Em seguida vem o Confins com R$ 221.500.905,94, CSLL (Contribuição social s/ o lucro) com R$ 209.826.804,07, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com R$ 157.477.549,54, contribuição para o PIS/Pasep com R$ 58.959.668,52, Cide – Remessas ao Exterior com R$ 1.780.470,47, ITR (Imposto Territorial Rural) com R$ 776.299,09, imposto sobre importações com R$ 18.356,44 e demais tributos administrados pela Receita Federal que somaram R$ 7.673.177,45.
Em 2021 esses impostos tiveram receita de R$ 241.285,28 (imposto sobre importações), R$ 199.719.924,35 (IPI), R$ 618.744.731,90 (Imposto de Renda), R$ 172.690.425,43 (CSLL), R$ 671.971,67 (ITR), R$ 187.800.090,86 (Cofins), R$ 50.564.916,57 (PIS/Pasep), R$ 4.854.326,35 (Cide) e R$ 1.766.493,50 (demais tributos).
Por Ednéia Silva / Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil