É comum no meio artístico e no universo da moda o estilo de corpo mais magro ser associado a uma vida saudável e atribuído como padrão de beleza. Magreza é sinônimo de saúde? Nem sempre. O clínico geral do grupo de médicos Cruz da Vida, de atendimento gratuito a pessoas carentes, e especialista em emagrecimento e doenças metabólicas, Ivan Ramos, aponta situações em que o emagrecimento não é saudável:
“O Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 15%, geralmente em homens e mulheres, você tem uma magreza que precisa de intervenção: magra, mas com pouco músculo e com osteoporose. Então, essa é a magreza que mais preocupa: a estrutura magra da pessoa está doente. Ela não tem músculo suficiente, ela não tem osso de qualidade. Então, se ela cair, ela pode fraturar um osso… até para andar direito… é um risco muito grande. Então a pessoa pode ser magra, contanto que ela tenha músculos de qualidade, que ela tenha também um osso de boa densidade mineral”.
Para o médico Ivan Ramos, é possível possuir uma composição corporal magra, mas com um bom volume de músculos e uma quantidade de gordura controlada. O emagrecimento e doenças metabólicas dizem o que é necessário para ter um emagrecimento saudável.
“Você tem que respeitar os nutrientes essenciais. Você tem que ter os aminoácidos, tem que ingerir uma quantidade de proteína todos os dias, você precisa também de uma ingestão adequada de vitaminas e minerais (…) ácidos graxos essenciais, de gorduras essenciais: o ômega 3, o ômega 6 e o ômega 9. Essa pessoa que está bem nutrida, que tem boas reservas de vitaminas e minerais e que reduz alimentos inflamatórios, reduz alimentos industrializados – açúcares e farinhas -, essa pessoa está respeitando o seu corpo e este corpo vai voltar a ficar saudável. E na medida que ele fica saudável ele vai, naturalmente, emagrecendo”.
Para o bom equilíbrio corporal, é necessário que a composição de gordura do homem fique abaixo de 15% do peso corporal. E da mulher, abaixo de 25%.
Por Agência Brasil / Foto: Andres Ayrton/Pexels