Um morcego albino, considerado raro, foi encontrado pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Piracicaba. Segundo a prefeitura, é a apenas a segunda ocorrência no Brasil da espécie Eumops glaucinus, da família Mollossidae, em idade adulta.
A identificação e confirmação da raridade do caso foram feitas pelo médico veterinário e coordenador do CCZ, Matheus Santos, e pela bióloga do CCZ, Regina Lex Engel.
O Centro de Controle de Zoonoses foi acionado para recolher um morcego de cor branca encontrado no quintal de uma residência no bairro Javari 1. “Fomos até o local e confirmamos o morcego da coloração branca. Recolhemos o animal e o levamos para a devida identificação em nosso laboratório do CCZ, liderados pela bióloga Regina”, disse.
A bióloga explica que o animal foi devidamente identificado como albino por meio de chave taxonômica – ramo da biologia que descreve, identifica e nomeia os seres vivos de acordo com os critérios como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos – própria para a Ordem Chiroptera.
Os animais albinos raramente conseguem alcançar a idade adulta, pois podem ser acometidos por queimaduras ou câncer de pele e também são facilmente vistos por predadores devido à coloração branca.
O morcego albino encontrado é insetívoro – se alimenta de insetos – sendo muito comum em centros urbanos, vivendo em frestas de edificações, juntas de dilatação, rufos e sob folhas de palmeiras. A estrutura social é de pequenas colônias com poucos machos que formam haréns com várias fêmeas, geralmente em períodos reprodutivos.
Segundo Regina Lex Engel, existem duas famílias de morcegos verdadeiramente brancos no mundo. Uma é a Phyllostomidae, conhecidos popularmente como Morcego-branco-de-honduras. A outra é a Emballonuridae, conhecida também como morcegos-fantasmas. Apenas esta segunda espécie ocorre no Brasil, mais especificamente na floresta Amazônica, em alguns estados da região norte, e na mata atlântica, nos estados da Bahia e Espírito Santo.
Foto: Prefeitura