Ao longo deste mês as unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família intensificam as ações de busca ativa de novos casos de hanseníase. A ação é parte fundamental da campanha Janeiro Roxo, realizada pela Fundação Municipal de Saúde, chamando a atenção para a prevenção e a importância do diagnóstico precoce da doença.
“As ações de busca ativa incluem pessoas que conviveram com quem tem a doença”, comenta Valeska Canhamero, que coordena o setor de Vigilância Epidemiológica do município. Também são realizadas nas unidades atividades para informar a população sobre a hanseníase.
“Nas unidades de saúde foram montados painéis informativos e as equipes estão abordando o tema em rodas de conversa”, informa Vania Molke, responsável pelo setor de atenção primária.
Enquanto aguardam o atendimento na sala de espera, as pessoas ficam sabendo mais sobre a hanseníase e como identificá-la precocemente. A doença também é assunto nas visitas domiciliares, quando os profissionais orientam pacientes e familiares. Em outra frente de ação, são realizadas palestras. Foram atendidas empresas e entidades e, no próximo dia 25, será realizada na Unesp palestra para a comunidade.
O tratamento precoce é condição essencial para a cura da hanseníase e também fundamental para romper a cadeia de transmissão e evitar sequelas causadas pela doença. O tratamento é realizado somente pelo SUS e é gratuito. Em Rio Claro, é realizado no Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico.
Os principais sintomas da doença são: manchas na pele de cor variada (esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas) com perda ou diminuição de sensibilidade, pele seca e queda de pelos, sensação de choque e “fisgadas” ao longo dos nervos dos braços e pernas, dor e diminuição da força muscular. Podem ainda aparecer nódulos (caroços) dolorosos em várias partes do corpo.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria (M. leprae) que atinge principalmente a pele e os nervos, causando a diminuição ou perda de sensibilidade. A transmissão se dá pelo contato direto e prolongado com a pessoa doente sem tratamento, que elimina o bacilo pelas vias aéreas superiores (tosse, fala e espirro). As pessoas que convivem ou conviveram com o doente sem tratamento também devem passar por avaliação com profissional de saúde.
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