Isaías Raw, ex-diretor do Instituto Butantan, morre em SP aos 95 anos
O professor, médico e pesquisador científico Isaías Raw, ex-diretor do Instituto Butantan entre os anos de 1991 e 1997, morreu ontem, 14, em São Paulo, aos 95 anos. A informação foi confirmada pelo próprio instituto. “Isaías deixa filhos, netos e incontáveis alunos e admiradores no Butantan e na comunidade científica brasileira e internacional”, escreveu o instituto, em sua homenagem.Raw foi um dos maiores cientistas brasileiros. Médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) em 1950, ele foi também mestre e doutor em bioquímica e livre-docente pela mesma universidade, além de professor catedrático e emérito da Faculdade de Medicina da USP. Membro da Academia Brasileira de Ciências na área de ciências biomédicas, sua atuação principal foi o desenvolvimento de vacinas e biofármacos. Raw também foi criador da Fundação Carlos Chagas. Perseguido durante a ditadura militar brasileira, ele acabou exilando-se em Israel e nos Estados Unidos. Na volta ao Brasil, já no período de redemocratização, dedicou-se a transformar o Instituto Butantan no maior centro produtor de soros e de vacinas do país. Ele ingressou no Butantan em 1984, tendo sido responsável pela criação do Centro de Biotecnologia, do Museu de Microbiologia e do Museu Histórico. Ele também foi o idealizador da Fundação Butantan – entidade de apoio ao Instituto Butantan que contribui para a manutenção da produção de imunobiológicos da organização. Além disso, ele fundou as editoras das universidades de São Paulo e de Brasília e, junto a Walter Leser, unificou os vestibulares de São Paulo. Entre diversas premiações, foi reconhecido como Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (2001), ambos da Presidência da República. A morte de Raw foi lamentada por diversas entidades e cientistas e pesquisadores brasileiros. No Jornal da Ciência, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) escreveu “manifestar profundo pesar pela morte do médico e pesquisador Isaías Raw”, que foi o sócio mais longevo da entidade, tendo se associado a ela em 1948. “A SBPC se solidariza aos amigos, familiares e entes queridos de Isaias Raw nesse momento de tristeza”, escreveu a entidade. A Academia Brasileira de Ciências também lamentou a morte de Raw, destacando que ele foi um “herói da saúde pública brasileira”. “Suas iniciativas no Butantan sempre buscaram equidade e benefício social para toda a população brasileira e mundial, com produtos eficazes e seguros, de qualidade e baixo custo, para uso gratuito nos programas de saúde como o PNI (Programa Nacional de Imunizações). É o suficiente para entender porque o falecido acadêmico é considerado um dos grande heróis da saúde pública no país”, escreveu a academia.
Helicóptero cai no Rio de Janeiro
Um helicóptero caiu na manhã de ontem, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, cinco pessoas ficaram feridas, receberam os primeiros socorros no local e foram encaminhadas para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste.De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge informou que as cinco pessoas que estavam a bordo do helicóptero deram entrada na unidade e que a situação de todos é considerada estável. Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o helicóptero caiu em um terreno baldio na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes. Militares do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) foram empenhados no socorro às vítimas, com apoio do quartel do Recreio, de Barra de Guaratiba e do 1° Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente. As cinco pessoas que estavam no helicóptero são Leandro M. de Araújo, Chrisello Perussel, Rosaura Maria B. Belarga, Frank Terrussel e Antônio Renzi. Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), localizado no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados, segundo a Aeronáutica. Em nota, a Aeronáutica diz que, na ação inicial, são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação. O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. Segundo a Aeronáutica, a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
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