Desde pequena, vejo a televisão lá de casa sintonizada na Globo, assim como em muitos lares como o meu.
Mas, nos últimos anos, pagamos caro demais pelo lixo que entra pela tela da TV, com o nosso consentimento.
As novelas, em especial, exaltam, cada vez mais, casos de corrupção, homossexualidade, prostituição, pedofilia, racismo e aborto, dentre outros. São exceções, e não regras, mas constroem um mundo de ilusão que passa a fazer parte da vida de cada telespectador como se fosse realidade.
Não bastasse a Globo influenciar comportamentos, políticas mal estruturadas e ideias estapafúrdias, levam às escolas o estudo de gêneros, que induz crianças e adolescentes a experimentarem se querem ser homem ou mulher, como se fossem ratos de laboratórios, sem qualquer preocupação com as consequências.
Sempre tive amigos negros, gays e lésbicas e os respeitei e amei como são. Penso que vieram ao mundo assim, por determinação de Deus, talvez por um cochilo que mexeu com a genética de cada um deles.
É preciso, sim, que se construam políticas públicas que apoiem fatos consumados pela natureza, mas não políticas que tirem a naturalidade e pureza das crianças, induzindo-as a experimentos suspeitos, os quais poderão marcar suas vidas para sempre.
É por esses e outros mil motivos que o Brasil que eu quero não cabe na Globo. Quero ter espaço para protestar a favor de meus amigos que nasceram gays e lésbicas e não foram apoiados como precisam, e sim misturados a uma nova geração de pessoas inseguras e infelizes sexualmente.
O Brasil que eu quero não cabe na Globo, pois eu protesto contra os salários indignos dos professores que dedicam uma vida a formarem o futuro de nossos filhos e são agredidos, desrespeitados e ignorados quanto à sua importância na construção e sucesso da Nação.
O Brasil que eu quero não cabe na Globo, pois quero de volta as casas e praças sem grades, as igrejas abertas para orarmos nos momentos que precisamos, e não com hora marcada.
O Brasil que eu quero não cabe na Globo, porque sonho com as crianças brincando nos parques, com os avós sentados em cadeiras na calçada, num papo amigo com o vizinho, como já foi um dia, e não trancados em casa, à mercê da influência das mídias.
O Brasil que eu quero não cabe na Globo, pois me revolta saber que num País rico como o nosso, os médicos tenham que ser importados, e os brasileiros sofram na fila da saúde.
O Brasil que eu quero não cabe na Globo, porque os dólares na cueca, na maleta e até em malas continuam sendo roubados do povo, enquanto a fome ainda se alastra por diversas regiões do País, transformando nossos cidadãos em seres esqueléticos, imagens de guerra.
Decididamente, o Brasil que eu quero não cabe na Globo! O espaço é pequeno demais para tantas mazelas. Oro a Deus para que caiba no novo tempo que se delineia nas urnas, resgatando um mundo mais puro, sem violência, sem fome, com mais amor, dignidade e respeito ao próximo.
Talvez aí possamos vestir de novo a camisa verde e amarela e cantarmos com orgulho: “hoje, é um novo dia, de um novo tempo…”
Por Nilce F. Bueno
Obrigado Udy Maravilha, amiga de ontem e de sempre! É muito bom saber que meus textos são lidos por mulheres inteligentes como você! Melhor que bom, é um privilégio que poucos têm…
Nilce amada amiga, sempre transbordando inteligência e sensibilidade. Assino junto com seu texto coerente. Que Deus abençoe você. Luz e paz, querida!
Udy
Obrigado Jucelino! Bem em tempo com a pressão da Lava Jato na Globo!
Excelente texto, esse é o Brasil que a grande maioria não quer. Parabéns.
Maria Teresa: quando a gente reflete sobre este tema, vemos que a Globo é pequena demais para os ideais dos brasileiros. A empresa caminha como um animal com viseiras, as quais só permitem que veja por um determinado prisma, ignorando a realida de sofrida em que vivemos. Obrigado pela recomendação!
O título é convidativo à leitura. De fato, os diversos Brasis que queremos não cabem na Globo. Leitura recomendada. Seguir Nilce Franco Bueno.
Verena, o bom da crônica é isso. Embora o espaço seja limitado, é importante para dar voz ao que sentimos, de forma popular, muitas vezes levando a público os anseios de cidadãos que ainda desconhecem seus direitos.Obrigado pelas palavras de incentivo.
Obrigado Flavia. Apenas coloco o dom que Deus me deu a serviço da hinanimado e da Pátria amada… Salve! Salve!
Obrigado Ednir. Escrevo com o coração e sinto que isso alcança o que há de melhor nas pessoas e ajuda nos a prosseguir na busca de um mundo melhor! Abraços…
Amigo Reginaldo Honório, criador de textos maravilhosos e perfeitos, como não ter saudades dos tempos de calmaria, quando temos diante de nós uma realidade tão feria? Obrigado pelas gentis palavras…
Obrigado Geogia. O que falta pro brasileiro, e me incluo nisso, é um pouco de vergonha na cara para jogar no lixo o que é do lixo..
Texto maravilhoso!! Você sempre arrasando, Nilce. O Brasil que queremos não cabe na Globo!!
Excelente tradução do sentimento que invade milhões de brasileiros! Parabéns pela belíssima escrita!
Sempre bem-vindos e oportunos os textos produzidos por Nilce F. Bueno.
De grande lucidez ao abordar temas candentes da atualidade, e sempre aguardados por seus seguidores.
Sem tirar nem por. Sem floreamento, sem fantasia, sem fantanatismo. Uma realidade cruel diante uma sauddade retratada em cada palavra. Nilce é uma dessas inteligência raríssima de se ver. Suas crônicas são sempre um passo além da vírgula, são sempre uma viagem ao sabor de uma leitura saudável e prazerosa. Este certamente é o Brasil que todos queremos. Parabéns Escritora Nilce.
Excelente texto!! Exatamente por isso que em casa não assistimos mais a Globo!! Parabéns Nilce pela excelente colocação!