O concurso NASA Spaceapps Challenge teve uma edição em Rio Claro e a equipe Sirius, formada pelos estudantes, Lucas Danesin, Guilherme Tonelotto, Maria Clara da Costa Martins, Rhayssam Hamze Vitti, Wesley dos santos e Ícaro Domingues, ficou em primeiro lugar na região. O time busca vaga para competir no mundial.
Eles idealizaram um aplicativo e apresentaram o projeto durante o Hackathon, que é uma maratona de programação. Várias pessoas se reúnem e formam equipes. A NASA tem problemas mundiais, então neste evento foram cerca de 24 problemas que não tinham uma solução ainda concreta. Nosso grupo escolheu o desafio número 11 “Brilha, brilha estrelinha”. O objetivo era fazer uma ferramenta de aprendizagem para explicar a variabilidade estelar que é a diferença de intensidade, idade e a distância entre as estrelas, são essas três coisas que definem”, contou o estudante Rhayssam Hamze Vitti.
O time apresentou o projeto “Stellar Sounds”, um aplicativo para contribuir com a inclusão de pessoas com deficiência visual. “O estudo do espaço começou com as observações no céu, só que, como que as pessoas que não têm a visão conseguem estudar sobre espaço? Se elas não enxergam. A nossa solução foi idealizar esse aplicativo móvel, que será interativo e guiado, com comando de voz e audiodescrição. Utilizando os dados fornecidos pelas Estações Espaciais sobre distância, idade e intensidade da luz das estrelas, podemos transmitir essas informações de forma fácil e dinâmica”, explica.
O aluno ressalta que o funcionamento é muito simples. “Vai precisar do fone de ouvido e da câmera do celular, ao apontar a câmera, por meio de bips, pelo fone de ouvido é possível localizar onde fica uma constelação. Por exemplo, que a pessoa queira a localização de Escorpião, ai o celular por meio de bips no fone de ouvido, vai guiar para onde está a direção daquela constelação, quando apontar, vai dar o sinal e explicar sobre aquela constelação e todas as estrelas que a compõem. O concurso contou com outros trabalhos muito bacanas também, então foi muito importante estar entre esses projetos com grandes equipes”, ressalta.
Em suas explicações, inclusive como publicada na página do concurso da NASA, de acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 39.000.000 da população mundial são cegos. Essas pessoas não podem observar o céu, portanto para transmitir conhecimento e proporcionar aprendizado sobre como as estrelas mudam, fizeram o aplicativo que localiza as doze constelações do zodíaco no céu e ensina sobre variabilidade estelar para cegos através de recursos sonoros para análise de distância, idade e intensidade da luz nas estrelas que compõem a constelação localizada. “Então, estendemos a mão e incluímos pessoas que não têm a oportunidade de observar o céu e mostrar a elas o quão dinâmico o céu realmente é”, destacaram nas conclusões.
Site: hackathonbrasil
O site: hackathonbrasil explica o que é o evento. Desde a sua criação em 2012, o International Space Apps Challenge da NASA se tornou o maior hackathon mundial do mundo, envolvendo milhares de cidadãos em todo o mundo a usar os dados abertos da NASA para criar soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos na terra e no espaço. Em um fim de semana de cada ano, com a ajuda da Equipe Organizadora Global da NASA (conhecida como Equipe GO), centenas de líderes locais em todo o mundo realizam eventos em um sprint de 48 horas no qual seus participantes cortam soluções para os desafios que a NASA propõe, criando jogos, aplicativos para smartphone e computador, vídeos, ferramentas de ensino e muito mais.
Por Janaina Moro/ Foto: Divulgação