Si vis amari, ama
Há um questionamento que eu venho tendo comigo mesma nos últimos dias. Será que realmente prestamos atenção nas pessoas ao nosso redor?
Inicialmente, sempre procuramos julgar, é quase algo instantaneamente natural. Normalmente julgamos aquela pessoa que gosta de chamar atenção, que nos repreende, que tenta se mostrar, que é difícil de lidar. Porém, sempre tem algo por trás dessas personalidades que criticamos. Uma pessoa que gosta de chamar atenção, por exemplo, pode ser que não tenha tido atenção suficiente num momento crucial da vida, como na infância, seja pelos pais ou amigos.
Considerando isso, pergunto-lhe: Será que estamos abertos a encarar personalidades e jeitos diferentes, suportá-los, ajudá-los a melhorar, mesmo que isso exija esforço e paciência? Mesmo que exija deixar o orgulho de lado, ou seja, deixar nosso egocentrismo?
Quando paramos pra ver os textos aqui no WordPress, nos deparamos com vários relatos de pessoas se sentindo sozinhas, angustiadas e pedindo socorro através de textos. Com isso, tenho uma pergunta: Você, depois de ler esses textos, alguma vez já parou e conversou com a pessoa independente da falta de proximidade? Um instante pode ajudar alguém. O melhor jeito de demonstrar cuidado, afeto e amor, é pelo tempo que doamos para ouvir as pessoas, pois nosso tempo é limitado.
Todos nós queremos o amor, mas pra isso precisamos aprender a amar. Muito mais se aprende quando ouvimos quem precisa ser ouvido.
Com isso, deixo uma magnífica frase de minha patronesse, Cecília Meireles:
“Se em um instante se nasce e um instante se morre, um instante é o bastante pra vida inteira.”
Texto escrito pela aluna Raissa Emanoela Ribeiro Alves, sob curadoria de Rafael Cristofoletti Girro, ambos da Escola Estadual Heloisa Lemenhe Marasca e pertencente a Rede Camões de jornais escolares. O texto tem caráter pedagógico.
Foto: Divulgação