O Brasil perdeu no último domingo (2), aos 86 anos de idade, o ex-pugilista Éder Jofre, uma das lendas do Boxe Mundial. Jofre estava internado desde março deste ano em uma clínica na cidade de Embu das Artes, e veio a falecer em decorrência de pneumonia. O corpo de Éder Jofre foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e, posteriormente, cremado em Santos.
Por duas vezes Éder Jofre sagrou-se campeão mundial de boxe na categoria peso galo, entre os anos de 1960 a 1965 e uma vez na categoria peso pena, no ano de 1973.
Em 2021 foi consagrado no Hall da Fama do Boxe, nos Estados Unidos, em reconhecimento a sua vitoriosa carreira. Oriundo de família de pugilistas, Éder Jofre foi atleta do São Paulo FC, pelo qual se sagrou campeão paulista e brasileiro.
A primeira vez que subira ao ringue foi aos 4 anos levado pelas mãos de seu tio, também pugilista Ricardo Zumbano. Mas foi com o pai, Kid Jofre, que Éder Jofre daria os primeiros passos na carreira que culminaria com a conquista de três títulos mundiais, competindo pelas instituições mais representativas do boxe, o Conselho Mundial de Boxe e a Associação Mundial de Boxe.
Éder Jofre atuou durante 20 anos no boxe profissional, período em que venceu 75 lutas, 53 por nocaute. Em 1997, a revista especializada The Ring apontou Éder Jofre como o 9º melhor pugilista do boxe mundial em todos os tempos.
Para homenageá-lo, o jornalista estadunidense Chris Smith, escreveu a biografia: Éder Jofre: primeiro campeão mundial de boxe do Brasil. O livro tem 605 páginas, e previsão de lançamento no Brasil para este mês de outubro.
Ao lado do atleta bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva e da tenista Maria Esther Bueno, tri-campeã de Wimbledon, Éder Jofre, está entre os 3 mais admirados esportistas brasileiros no exterior.
Em decorrência dos golpes recebidos na cabeça ao longo da carreira, Éder Jofre, além da pneumonia sofria ainda de encefalopatia traumática crônica, que é uma doença neurológica degenerativa.
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução