Mensalmente, a equipe técnica do Consórcio PCJ – Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, libera dados sobre o clima da região e o seu impacto no abastecimento hídrico das cidades, incluindo Cordeirópolis.
No boletim do último mês de julho, foram registradas chuvas muito abaixo da média histórica, cerca de 85% a menos que o esperado, segundo a equipe técnica das bacias. Além disso, há forte possibilidade do Sistema Cantareira entrar na faixa de operação Especial, em que o DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo) define a vazão hídrica para o abastecimento da capital e dos municípios do interior.
Diante desse risco, o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cordeirópolis, Silvio da Silva, afirma que as equipes do município se mantêm alertas ao nível de abastecimento durante todo o ano e, com a chegada da estiagem e a falta de chuvas, a atenção é redobrada.
“O abastecimento de Cordeirópolis provém, principalmente, das represas de Cascalho e Ibicaba, que não apresentam risco no momento”, afirma, “Mas a estiagem deste ano poderá afetar todo o estado, por isso, as equipes do SAAE estão alertas para evitar medidas de contingenciamento na cidade”.
De acordo com o prefeito, Adinan Ortolan, que atua como representante dos Comitês PCJ no Conselho Estadual de Saneamento (CONESAN-SP) desde 2021, este período de forte instabilidade climática exige medidas não somente a nível municipal, mas estadual e federal.
“Conforme os dados publicados pelo Consórcio PCJ, o nível de chuvas do mês de julho foi muito abaixo da média histórica, o que acaba prejudicando a vazão hídrica de determinadas regiões do país, especialmente no Estado de São Paulo”, pontua o prefeito, “Em Cordeirópolis, lutamos desde o início da gestão para manter o abastecimento do município, com a construção de adutoras, poços artesianos e, principalmente, da Represa Santa Marina”.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil