A deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL), pré-candidata à reeleição, esteve em Rio Claro nesta terça-feira (2) para conhecer o projeto “Cão Doutor” realizado pela equipe do canil a Guarda Civil Municipal (GCM). O projeto de cinoterapia utiliza um cachorro, Holly, treinado para interagir com pessoas, para ajudar no tratamento e recuperação de crianças, idosos, entre outras pessoas.
A deputada acompanhou a visita do cão Holly aos idosos abrigados no Lar Bethel. “Nossa intenção é fazer uma parceria para ajudar esse projeto que ajuda crianças, deficientes e idosos, e tem tudo para crescer e tomar uma proporção muito maior”, disse Valéria.
Ela visitou o Lar Bethel acompanhada do vice-prefeito e secretário municipal de Segurança, Rogério Guedes (PL). “A deputada sempre foi parceira do município enviando recursos para investir na cidade. Ela nos destinou emenda de R$ 150 mil para compra de aparelhos auditivos e R$ 300 mil para a compra de equipamentos para os produtores rurais. Agora, está nos apoiando nesse projeto do “Cão Doutor” e também na construção do canil da Guarda Municipal”, destacou Guedes.
Representatividade feminina na política
Em sua passagem pela cidade, Valéria Bolsonaro visitou a redação do Diário do Rio Claro. A deputada e pré-candidata à reeleição falou sobre seu trabalho na Assembleia Legislativa (Alesp) e abordou temas que defende como a representatividade feminina na política, a inclusão social e questões relacionadas à educação, já que foi professora por 32 anos.
Sobre a participação feminina na política, Valéria observou que é necessário haver mudanças. Segundo ela, na Alesp, a atual legislatura foi a que mais mulheres desde 1994. Dezoito das 94 cadeiras são ocupadas por mulheres. “Sou a favor de haver mais representatividade feminina na política. Nós, mulheres, temos um olhar mais sensível e conseguimos alcançar algumas pautas que passam despercebidas pelos homens, principalmente na área social”, avalia.
De acordo com ela, as mulheres precisam ocupar os espaços disponíveis para terem voz, caso contrário o espaço deixado vago será ocupado pelos homens. “Precisamos ocupar esses espaços que estão aí para serem ocupados. Não adianta ficar pedindo igualdade se não sair para a luta e ocupar os espaços para terem vez e voz”, frisou.
Currículo e progressão continuada devem ser revistos
Profissional da educação, Valéria tenta utilizar sua experiência na escola para implementar mudanças. Segundo ela, o Brasil é um dos países que mais investem em educação, porém existem muitos braços pelo caminho e os recursos nem sempre chegam ao local de direcionamento, ou seja, nas escolas e salas de aulas.
Ela elogiou o trabalho feito pelo governo federal na área de alfabetização, como o projeto Conta Pra Mim – Literacia Familiar. No entanto, ainda é preciso mais. “Infelizmente educação é tripartite. O governo federal não pode impor ao estadual que por sua vez não pode impor ao municipal. Por isso, precisa ter um alinhamento entre os governos para que a transformação possa ocorrer”, comenta.
Ela criticou o programa de progressão continuada que, em sua opinião, favorece que crianças saiam da escola sem saber ler e escrever. “A progressão continuada tem que ser revista de maneira total e absoluta, porque não existe aprovação de aluno somente pela presença”. Da mesma forma, ela defende uma revisão do currículo escolar para incluir outras disciplinas como teatro e música, por exemplo.
A inclusão é outra de suas bandeiras de trabalho, tema de vários projetos em trâmite na Alesp. Um deles, que previa professor especializado em educação especial em sala de aula para atender alunos com deficiência foi aprovado, mas a lei foi vetada pelo governo de São Paulo. Ela lembra que existe lei que torna obrigatório o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na educação básica, mas na prática isso não acontece.
“Tenho bandeira de trabalho voltada para a inclusão porque cansei de assistir a exclusão dentro da sala de aula”, pontua Valéria, ressaltando que não adianta somente colocar a criança com deficiência na sala de aula sem que haja uma estrutura adequada para atendê-la. “Tem como fazer, como consertar, o que precisa é ter um governo com boa vontade”, conclui.
Por Redação DRC