O domingo foi de votação para mais de 147 milhões de brasileiros aptos a votar nas eleições 2018.
Porém, quase 30 milhões decidiram não comparecer às urnas nesse 7 de outubro para a escolha dos candidatos aos cargos de presidente, governador, senador, deputado estadual e federal. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção foi de 20,3% e atingiu o nível mais alto desde as eleições em 1998 que, na época, foi de 21,5% entre os que não votaram.
Quem não regularizar a situação pode sofrer penalidades, como ser impedido de tirar RG
Quem não compareceu para votar deve ficar atento ao prazo de justificativa, que é de 60 dias. O Cartório da Zona Eleitoral 110 de Rio Claro registrou movimento de eleitores durante toda a segunda-feira (8), conforme informou o Chefe de Cartório, Guilherme Taufic. Já no Cartório da Zona Eleitoral 288, os eleitores devem comparecer a partir do próximo dia 15 para justificar o voto.
O eleitor também pode preencher o formulário disponível no site da justiça eleitoral e entregar pessoalmente em qualquer cartório eleitoral. É preciso anexar documentos que comprovem o motivo da falta nas urnas. O eleitor que não votou e nem justificou não fica proibido de votar no segundo turno marcado para o dia 28 de outubro.
A multa para justificar o voto é de R$ 3,61. Quem não regularizar a situação, pode sofrer penalidade, como ser impedido de tirar passaporte ou RG para receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público. Além de não poder participar de concursos públicos.
URNAS
Em todo o país, segundo o TSE, 2,4 mil urnas eletrônicas precisaram ser substituídas. Em Rio Claro, nas seções do Cartório da Zona Eleitoral 110, cinco urnas foram substituídas. “A votação foi tranquila durante todo o domingo, tivemos apenas essas substituições. Não houve registro de crime eleitoral”, afirmou o Chefe do Cartório, Guilherme Taufic.
No Cartório da Zona Eleitoral 288, também foi registrada substituição. “Tivemos cinco urnas quebradas, quatro substituídas e a última atolou papel de impressão, mas conseguimos imprimir os boletins de urnas e transmitir os resultados dessa urna a tempo. Algumas apresentaram problemas de baterias e rapidamente foram trocadas. Tivemos ocorrências de eleitores que se confundiram em como votar nessas Eleições Gerais, porém, tudo transcorreu bem”, relatou o Chefe de Cartório, Alexandre Sanches.
Alexandre afirmou ainda que algumas urnas, devido à quantidade de dados (eleitores inscritos que já tinham biometria e fotos dos candidatos aptos), o fim do voto acabou demorando para processar. “Esses fatos geraram dúvidas no eleitor, mas o TSE deve verificar essas ocorrências de forma global”, disse.
Ele ressalta que alguns eleitores questionaram o processo na hora de votar. “As queixas nas seções da 288 foram que alguns eleitores alegavam que não conseguiam completar o voto, ou estranhavam a velocidade da urna, ou aparecia uma barra de dados, o que é normal por conta do número de informações. Mas, a urna finalizava corretamente no último cargo. Muitas queixas no Brasil todo, mas a maioria foi notícia falsa”, confirmou Alexandre, acrescentando que as urnas e o programa estavam lacrados e zerados quando chegaram a Rio Claro.
