A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro confirmou na tarde desta sexta-feira (29) o primeiro caso confirmado de Monkeypox (Varíola Símia) no município. O paciente é um jovem adulto, que está isolado e passa bem.
A Vigilância Epidemiológica recebeu ontem à tarde, do Instituto Adolfo Lutz, o resultado do exame que confirmou a doença. Além do caso confirmado, o município tem um caso suspeito de Monkeypox. Trata-se de paciente adulto jovem, que passa bem e está isolado aguardando resultado do exame diagnóstico.
A Monkeypox (MPX) é uma doença causada por um vírus parecido com o da varíola humana, transmitido na maioria das vezes pelo contato (“pele com pele”), e em menor frequência por secreções respiratórias muito próximas.
A incubação é em torno de 12 dias, e os casos podem variar desde formas leves (até mesmo sem sintomas evidentes) ou com a presença de quadro clássico: febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos aumentados (“ínguas”) seguidos por erupções vesiculares/pustulosas na pele, em maior ou menor quantidade. A maioria dos casos tem evolução benigna, com maior risco de gravidade em pessoas com imunodepressão e crianças.
“Não há tratamento disponível no País, apesar de estudos mostrarem algumas medicações promissoras”, pontua Suzi Berbert, médica infectologista e diretora de Vigilância em Saúde em Rio Claro. Suzi acrescenta que adultos que receberam a vacina da varíola humana dada no país até a década de 1980, e caracterizada por cicatriz em braço esquerdo, tem proteção de cerca de 80% contra a MPX.
A prevenção também consiste em evitar contato íntimo com pessoas desconhecidas, higiene pessoal e das mãos com frequência. A pessoa sob suspeita deve permanecer em isolamento evitando contato próximo com outras pessoas, compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, roupas de cama e outros por cerca de 21 dias ou até a cicatrização total das lesões.
A Vigilância Epidemiológica de Rio Claro orienta que em caso do aparecimento desses sintomas, a pessoa procure o atendimento médico nas unidades de saúde, que estão cientes de como proceder diante de casos suspeitos.
Foto: Reuters/Dado Ruvic/Agência Brasil