Esquema especial de policiamento garantiu o direito à livre manifestação e a proteção de todos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública cerca de 140 mil pessoas participaram dos atos simultâneos realizados na terça-feira (7), na capital paulista. A estimativa do público foi realizada pela área técnica da pasta a partir do uso de imagens aéreas, análise de mapas e georreferenciamento, determinando a extensão dos atos tanto na região da Avenida Paulista (125 mil pessoas) quanto no Vale do Anhangabaú (15 mil pessoas), bem como nas áreas adjacentes.
Rio-clarenses na Paulista
A manifestação realizada na Avenida Paulista durante o feriado contou também com a presença de rio-clarenses que seguiram para a capital em um caravana com cerca de 200 pessoas. De acordo com um dos organizadores, Luiz Jardim, três ônibus e duas vans saíram da cidade para levar os interessados em participar do ato. “Foi gigante, melhor de tudo que não houve sequer uma confusão ou briga. Nossa esperança é que mudanças aconteçam após o manifesto. Me senti antes de tudo muito orgulhoso de fazer parte do Movimento #NasRuas que organizou a manifestação, depois fiquei muito contente porque conseguimos com o apoio do pessoal da Direita Rio Claro levar os rio-clarenses. Finalmente como Brasileiro sinto que colaborei com a nação ao fazer parte do movimento que mostra a nossa preocupação com as nossas liberdades”, avaliou Jardim.
Rio Claro
Em Rio Claro um ato foi realizado no Espaço Livre da Visconde do Rio Claro com o objetivo de orar pelo país. O evento ocorreu na tarde de terça-feira (7) e contou com a presença de cristãos de várias denominações
Presidente discursa em manifestação de apoiadores em SP
Após participar do ato em Brasília, Bolsonaro embarcou para São Paulo, onde chegou às 15h30. Do alto de um carro de som, o presidente discursou: “Não vamos mais admitir [que] pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição. Ele teve todas as oportunidades para agir com respeito a todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua a não agir”, disse.
Sobre o modelo das eleições no país, ele se dirigiu a Luís Roberto Barroso, presidente do TSE. “Nós queremos eleições limpas, auditáveis e com contagem pública. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, disse. “A alma da democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições. Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável”, disse Bolsonaro.
O presidente cumprimentou os manifestantes: “Neste momento, quero mais uma vez agradecer a todos vocês, agradecer a Deus pela minha vida e pela missão, e dizer àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília: só Deus me tira de lá.”
Tanto o ministroAlexandre de Moraes quanto Luís Roberto Barroso se pronunciaram na terça-feira nas redes sociais por ocasião do 7 de Setembro, antes do discurso do presidente Bolsonaro. Barroso pediu que sejam garantidas no país “eleições livres, limpas e seguras” e que não haja “volta ao passado”. Já Moraes defendeu “absoluto respeito à democracia”.
Multa
O Governo de São Paulo aplicou multa ao presidente Jair Bolsonaro por não utilizar máscara durante a manifestação na Avenida Paulista. Os agentes da Vigilância Sanitária Estadual também autuaram outras 13 autoridades e personalidades, entre deputados, secretários, lideranças religiosas, artistas e empresários durante o ato durante o feriado.
Por Janaina Moro / Fotos: Divulgação