Em atendimento a solicitação do Diário do Rio Claro, o município, por meio do Instituto Viver e Conviver (IVC) que realiza o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, informou que atualmente são 139 pessoas em situação de rua cadastradas nos serviços da cidade.
Jardim Público concentrou grande número de “moradores” no final do ano
O local do município onde é constatada a concentração de um alto número de moradores em situação de rua é o Jardim Público. O fato chamou a atenção de um popular que chegou a contar quantos estavam no local. “Eu passei pelo Jardim Público no sábado (4) e tinha 68 moradores de rua na praça”, relatou.
Questionado pelo o alto número no local, o IVC informou que o aumento expressivo de pessoas no local como acontece nas festas de final de ano, trata-se de beneficiários que foram liberados dos presídios, com as chamadas “saidinhas e que acabam se misturando às pessoas em situação de rua, também para usufruir das doações que a população em geral oferece, o fato de acordo com o órgão contribui e muito para a permanência de todos nas ruas, pois no local recebem alimento em grande quantidade, roupas e recursos financeiros que sustenta o vício dos beneficiários.
O IVC destacou que o serviço é feito constantemente. “Diariamente a equipe de abordagem social está no local, oferecendo banho, alimentação, pernoite, benefícios oferecidos pela Casa de Passagem, encaminhamento para retirada de documentos, para acompanhamento junto ao CAPS, para tratamento de saúde. Oferecemos acolhimento em comunidade terapêutica, elaboramos currículos e fornecemos quantas cópias forem necessárias, encaminhamentos para capacitação de trabalho, para vagas de emprego, realizamos visitas domiciliares para famílias para promover possível reaproximação familiar, trabalhos em grupo na sede, atendimento psicossocial individual e em grupos”, destacou a coordenadora do SEAS/IVC e assistente social Eliana Vaz da Silva.
Segundo ela os beneficiários que aceitam o acolhimento em Comunidade Terapêutica, até que se concretize o seu acolhimento é acompanhado pela equipe do SEAS bem como pela equipe da Casa de Passagem, permanecendo no local até o dia do acolhimento. Os beneficiários que são inseridos no mercado de trabalho também são acompanhados pelas equipes até que receba seu primeiro salário e com isso poder providenciar um local para sua moradia. “Lembrando que nesse período é realizado a reaproximação familiar, na intenção de um recomeço”, observou a coordenadora.
Ainda sobre o aumento de moradores em situação de rua o SEAS/IVC salientou que também acontece a chegada diária de beneficiários de outras cidades e estados. “Trabalhamos com a conscientização para voltarem ao local de onde vieram, sendo que para isso oferecemos passagem para retorno ao município de origem, através da casa de passagem’, disse a assistente social.
Com a passagem das festas de final de ano e trabalho de segurança no Jardim Público e do SEAS foi constatada a redução do número.
PERFIL
Referente aos beneficiários que se concentram no Jardim Público todos são referenciados pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e segundo o departamento todos possuem famílias e estão nas ruas por opção, devido ao consumo de álcool e drogas, e vínculos familiares rompidos.
Foto: Diário do Rio Claro/Arquivo