A notícia pegou de surpresa pais, alunos e professores do Projeto Guri de todo Estado de São Paulo.
Cesar Augusto Bueno, coordenador do Projeto Guri de Rio Claro e Cordeirópolis, disse, em entrevista ao Diário do Rio Claro, que as equipes dos polos foram convocadas para uma reunião de emergência na regional de São Carlos na manhã dessa sexta-feira (29).
“Já saímos de lá com o aviso prévio assinado, na verdade, a gente tem até o dia 21 de abril para ver outras formas de tentar reverter essa situação e continuar com o polo aberto. Hoje, a regional São Carlos conta com 32 polos e, desses, 23 serão fechados”, contou Bueno.
Segundo o coordenador, as atividades estão sendo realizadas normalmente desde janeiro. “Teoricamente, até ontem estava tudo normal, quando recebemos essa notícia de que teria que fechar 23 polos da regional.
Por conta desse corte de verbas, somente o orçamento do Guri terá corte de 22%, são 15 milhões a menos para administrar os 335 polos, então ficou inviável. Por isso optaram por fazer o fechamento”, esclareceu.
PROJETO – Monica Hummel, mãe de uma menina de dez anos, que há quatro anos estudo no Guri, diz estar inconformada com a notícia. Ela conta que sua filha aprendeu a tocar no Guri e tem muito orgulho de fazer parte do projeto. “Ela estuda lá e não pagamos nada por isso, o projeto tem instrumentos para as crianças e os professores se dedicam ao que fazem.
Ela ficou muito triste com a notícia. Há crianças que amam tocar e têm no polo seu único recurso, às vezes, para realizar seu sonho”, disse Monica, que comentou ainda que a cada apresentação dos alunos é possível ver a evolução, a felicidade e o conhecimento. “Nada disso tem preço”, exclamou a mãe.
SECRETARIA – Em nota ao Diário do Rio Claro, a Secretaria de Estado da Cultura informou que “o impacto do contingenciamento nos programas, instituições e ações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa está sendo avaliado. As metas são minimizar as consequências e buscar mais eficiência e mais eficácia.
Estamos fazendo reuniões individuais com cada uma das 18 organizações sociais, incluindo as gestoras do Projeto Guri, para definir as prioridades e os ajustes necessários. Trata-se de um imperativo da realidade orçamentária do Estado”.