Ainda que seja um tema por demais controverso, na sua essência, Liderança e Política são interdepentes. Segundo alguns pensadores, a Liderança pode ser considerada uma arte, enquanto a Política uma ciência.
Liderança é a arte de fazer com que pessoas atinjam um objetivo determinado; já a conotação de Política como “Ciência dos Estados”, surge no século XIII na língua francesa.
Independente de arte ou ciência (pois esse não é o nosso objetivo, neste espaço) o que sabemos é que liderança e política devem caminhar de forma equilibrada para que o líder tenha sucesso.
A existência do líder pressupõe que ele, de alguma forma, terá que “tratar” de assuntos de cunho político em sua jornada. Nesse entendimento, é preciso levar em conta que o líder deverá interagir com pessoas e com grupos sociais – essência da ação política.
A ação política, por sua vez, será tanto mais eficaz quanto maior for o perfil de liderança do indivíduo que deverá fazê-la acontecer.
Essa interdependência é fundamental na discussão sobre a efetividade dos líderes enquanto bons políticos e, claro, dos políticos que têm características de liderança relevantes em seu perfil de atuação.
A importância desta simbiose é vista em todas as esferas das atividades desenvolvidas por líderes e por políticos ao longo de suas trajetórias, tanto para as organizações públicas ou privadas em que cada um atua.
Em comum, tanto a ação política como o exercício da liderança, devem buscar a organização e a direção eficaz, de modo a propiciar o melhor resultado para o grupo, as melhores condições sociais e materiais e a defesa dos interesses dos cidadãos ou dos liderados.
Ao trazer um assunto tão complexo e ao mesmo tempo tão pujante e relevante nos dias atuais, é preciso, também, estabelecer alguns parâmetros para que essa relevância possa de fato, contribuir para resultados práticos e servir de balizador para as ações da sociedade e dos grupos de interesse de cada um.
Quando me refiro a ação política ela está centrada, como ciência, nas ações éticas, responsáveis e íntegras que realmente visem o bem comum.
Neste caso, estamos tratando o tema levando-se em conta que os objetivos da ação política e da liderança partem do pressuposto da necessidade de governar bem e ser bem governado, quanto do liderar bem e ser bem liderado.
Um bom líder terá, necessariamente, que ser um político em potencial para chegar aos resultados esperados, terá que administrar os conflitos centrando nos processos e não nas pessoas e deverá, mesmo com as divergências de opinião ou de pontos de vista, levar o grupo ao consenso.
Um bom político, que possua fortes características de liderança, encontrará mais facilidade em ver aprovado seus projetos e seus objetivos, pois contará com o apoio maior da coletividade.
Apesar disso, é preciso entender que essas características só levam a melhores resultados quando tratadas com equilíbrio e maturidade.
O líder, por exemplo, que atua demasiadamente no campo da política perderá, com muita certeza, a confiança e o respeito de seus liderados.
A questão portanto, é que há uma expectativa para que o líder possa utilizar sua liderança e com conhecimento da ciência política tirar o melhor de seus liderados e fazer das suas organizações um ambiente harmônico, que coloque os objetivos coletivos acima das pretensões individuais.
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações.
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