Quando o francês Romain Grosjean percebeu que seria bastante improvável voltar à pista para as duas últimas etapas da temporada de 2020, após o acidente impressionante que sofrera no GP do Bahrein, do qual saiu com queimaduras sérias nas mãos, sua primeira preocupação foi tentar buscar uma forma de retornar a um carro de Fórmula 1, mesmo que fosse para ter o último gostinho de pilotar um carro da categoria. Afinal, ele sabia que sua carreira na F1 estava no final, já que seu contrato com a Haas não seria renovado.
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, então, disse que poderia ajudar Grosjean a realizar seu desejo. As conversas começaram ainda em dezembro e, depois que o francês se recuperou totalmente, voltando às pistas, na Indy, eles se acertaram: Grosjean não vai apenas pilotar um carro de Fórmula 1, mas sim o W10, com o qual Lewis Hamilton foi hexacampeão mundial em 2019, e logo na pista de Paul Ricard, na França. O teste será dia 29 de junho, exatos sete meses após o acidente. E ele ainda fará voltas de apresentação antes da largada para o GP da França, dia 27.
Hamilton: “Cuide do meu W10!”
O heptacampeão Lewis Hamilton comentou sobre a oportunidade de Grosjean, celebrando o fato do francês ter se recuperado após o acidente.
“Fico muito feliz ao ver Romain de volta em um carro de Fórmula 1 após seu acidente no ano passado. Quando isso aconteceu, todos estávamos rezando para ele, e vê-lo saindo do carro e se recuperando tão bem foi um grande alívio”.
“Mal posso esperar para vê-lo novamente na França e recebendo ele à equipe para o final de semana, mas é bom que ele cuide do meu W10!”.
Por E. Cortez / Foto: Daimler AG